Em cada esquina uma padaria, ou uma lanchonete, ou uma pizzaria, e assim vamos caminhando diariamente, sem muitas vezes sabermos o que são frutas e vegetais.
São formatos de bolinhas, retângulos, quadrados, cones, doces, salgados, coloridos, fritos ou assados, mas no fundo, no fundo apenas farinha de trigo misturada a, possivelmente ovos, leite, óleo e fermento quimico. Quando vemos, pronto, passamos um dia a base de farinha misturada ao sal ou açúcar e demais temperos.
Parece que tudo bem, certo? Mas não, não está tudo bem. Principalmente por esses 'alimentos' serem tão desvitalizados - retirados todos e quaisquer nutrientes existentes durante o processo de refinação. E se esse fosse o único problema, estaria 'tudo bem'. Mas junto a esse processo, o que é mais utilizado em todas essas 'variedades' que encontramos nas nossas esquinas e nas nossas mesas diariamente? A farinha do trigo - uma verdadeira 'bomba relógio' quando utilizado na quantidade que têm sido utilizado.
E aí você pergunta: qual o problema da farinha do trigo? Leia abaixo o que acompanha esse tão inocente - quando ainda inteiro - grão, que chega a 'nossas' mesas na maioria das vezes refinado, desvitalizado, permanecendo basicamente com o seu grande vilão: o glúten - uma proteína presente em alguns cereais que dentro de nosso intestino vira uma espécie de cola vegetal.
Modifique seus hábitos! Lembre-se: são apenas hábitos!
Um brinde à vida!
Ursula Jahara
__________________________________
Muito desses problemas de saúde são em decorrência na mudança de cardápio dos brasileiros que passaram a comer em excesso alimentos ricos em glúten como pães, biscoitos, macarrão e bolos. Hoje até queijos embutidos vem com a substância. A nutróloga Clara do Brandão, do Ministério da Saúde, alerta para a criação de uma soberania alimentar. “Mandioca, milho e arroz no lugar do trigo importado, que faz tanto mal a saúde”, disse.
O corpo responde de diversas maneiras: obesidade, síndrome de resistência à insulina, deficiência de cálcio, alergias, diarréias e doenças auto-imunes. O nutrólogo João Curvo conta que os chineses consideram o excesso de glúten sinal de má higiene interna já que o metabolismo emperra, favorecendo bactérias que gostam de calor e estagnação.
A dieta sem glúten é moda nas academias pois o emagrecimento e a redução de gordura na área abdominal é comprovada. Muita gente está incluindo na alimentação pães de aipim e de milho, macarrão de arroz e cookies de soja. O nutricionista Leonardo Haus está recomendando a dessensibilização ao glúten. Trata de um período de três meses no qual não se pode comer os quatro cereais que contêm o glúten - trigo, centeio, cevada e aveia. “A idéia é uma reeducação alimentar. Você pode comer um pãozinho mas o excesso pode alterar todo o seu metabolismo, baixar a imunidade do organismo e levar doenças. Mas é bom lembrar que nem todo obeso tem essa intolerância alimentar”, explica.
Intestino sem glúten produz serotonina e gera alegria é a afirmação de especialistas da área nutricional. As dificuldades no começo da dieta podem aparecer por isso uma boa dica para ter o sucesso esperado é a ingestão constante de frutas, que além de leves são nutritivas e de baixa caloria. Outro fator importante é procurar no mercado alimentos produzidos com boa qualidade.
Pessoas alérgicas aos efeitos do glúten estão agindo de maneira mais radical e submetendo-se a colonterapia. Um procedimento de lavagem do intestino grosso que faz circular de 40 a 50 litros de água provocando uma limpeza geral. Um dado interessante: os alimentos em geral levam 18 horas da mastigação até a eliminação pelo reto. Alimento com o glúten leva 26 horas. Consumido em excesso vai retendo cada vez mais toxinas no organismo e promovendo a disbiose, que é a alteração da flora normal, com fermentação e retenção de líquidos. Podendo ocorrer uma série de doenças articulares, auto-imunes e depressão. Depois da colonterapia, o intestino volta a produzir o neurotransmissor da alegria – serotonima.
Ainda existem casos que as pessoas tem uma intolerância genética ao glúten, os celíacos. Pesquisas indicam que um em cada 300 brasileiros são portadores da doença. O diagnóstico é difícil pois é uma doença pouco conhecida no Brasil. Se o glúten é estritamente proibido para os celíacos, as pessoas que não sofrem do problema não precisam ser tão radicais. Comer um pãozinho de vez em quando está liberado.
· Intolerância alimentar: o glúten é uma cola que adere as paredes intestinais e vai bloqueando o funcionamento do intestino. Os primeiros sintomas são intolerância alimentar, desconforto abdominal, gases e retenção de líquidos.
· Obesidade: Com o metabolismo lento não se processa devidamente os alimentos tendo como conseqüência o acúmulo de gordura abdominal.
· Baixa imunidade: afeta o sistema imunológico favorecendo doenças auto-imunes.
· Intoxicação e enxaqueca: o metabolismo estagnado dificulta a eliminação das toxinas elevando o risco de doenças como dores de cabeça e enxaquecas.
· Açúcar: Como o glúten é aliado do açúcar, seqüestrador do cálcio, aumentam os riscos de osteoporose, cáries, ranger de dentes, insônia, hipertensão e colesterol alto.
Fonte: Márcia Cezimbra do O GLOBO.
Assista também essa excelente entrevista com a Dr. Denise Carreiro: